sexta-feira, junho 23, 2006

A rodopiar...

Sexta Feira de sol...
Uma manha linda e que renova as esperancas da alma.
Nunca canso de olhar as belezas do meu cotidiano......

****************************************
Ela acorda cheia de vontades, coloca uma roupa simples, leve, clara como o sol, se embrenha no meio das flores do campo quieto que existe ao lado da sua casa, tem tara naquelas rosas tao livres, nunca, antes, as tocou, para nao profana-las de tao esplêndidas que sao, fica alí parada ainda algum tempo, mirando o nada que tem o tudo a oferecer... Enche sua alma de forca, afinal no mundo real é preciso tê-la e muito e sempre, e de alegre que esta, lembra-se que hoje é sexta feira, uma sexta igual a outra qualquer, cheia de pássaros, de flores, de meninos a jogar bola e aproveitar o sol da meninice, mas ela acordou diferente, acordou cheia de vontades, entao rodopia e rodopia no meio do nada, livre como uma borboleta ao beijar a rosa bela do jardim, rodopia por ser sexta, por ser mulher, por ser livre, e por ter os olhos de ver... Lembra dele, e sente o arrepio do amor percorrer o seu corpo, ele, a quem ela entregou sua juventude, antes tao desputada.... Ele, a quem ela amou com amor de cadela e gata vadia.... Ele, em quem ela depositou seus sonhos de dias sempre melhores e mais floridos.... Decidiu, em tom eufórico, fazer o que jamais fazia, e tocou as rosas do campo, tocou e tomou-as para si, pensando que hoje, quando ele chegasse, elas , as rosas, teriam um por que de existir, maior, do que o que sempre tinham, perfumariam e encantariam os olhos daquele que a encantava, e ela hoje, faria tudo diferente, tomou-as, as rosas, sem culpa, saiu do campo, entrou em casa, abriu todas as janelas, deixou o ar freco tomar conta daquele ambiente onde apenas o amor tinha permicao de fazer morada, procurou algo fora do lugar, nada havia, tudo em ordem, depositou as flores de maneira vistosa, correu na cozinha, olhou o estoque dos vinhos, hoje ela seria a dama, a mulher que se dá, a que nada tem a perder, rodopiou e rodopiou e rodopiou ao som da musica constante de sua alma, e escolheu o cardápio, seria coisa simples, pois ela sabia o valor da simplicidade, escolheu uns bolinhos, uns paezinhos, uns quijinhos, e quando deu por si, já estava a lavar a louca, tudo posto em seu lugar, o sol , de bom camarada que era, se recusara a ir embora cedo, continuava a brisa fresca, e ela nao quis um banho simples, ela merecia mais, ela, que esperava por ele, a quem ofertou sua alma, nao, ela iria banhar-se no rio, refazer-se nas águas cristalinas, saiu, atravessou o campo, nao sem mirar a beleza de todos os cantos, chegou ao rio, despiu-se, nem se incomodou se tinha gente ou nao por perto, estava perdida em suas vontades, estava enebriada de si mesma, ficou ali parada, a água lavando e levando pureza a cada um dos seus poros, soltou os cabelos, sentiu o perfume da camomila deles e entregou-se a rainha das águas, que a recebeu e abencoou, saturada de beleza, levantou-se, colocou a tûnica branca que trouxera, sacudiu os cabelos agoras livres igais a sua alma, e foi, dando-se conta de que em minutos, ele, a vida da sua vida, estaria em casa, saboreando a comida que ela tao amorosamente havia preparado, abrindo o vinho que ela tao esmeradamente havia escolhido, saiu cantarolando, quase a correr, avistou a casa, simples, mas onde a felicidade fazia parada e sentiu-se feliz de ser mulher, de ser amante, de ser a rainha do seu homem, abriu a porta, correu no quarto, colocou uma roupa solta, vermelha, penteou os cabelos, deixou os soltos, apenas com uma das suas amadas rosas como adorno e escutou a porta abrir, sabia que era ele, conhecia o murmurio do caminhar amado, passou a mao pelo corpo, colocou rapidamente umas gotas de perfume e saiu ao encontro daquele por quem ela todo dia se fazia melhor e mais humana. E quando os seus olhos encontraram os deles ela teve a certeza de que faria tudo novamente, que era cativa daquele homem, que sem ele ela jamais saberia o que é viver, o que é ser feliz... Sorriu, beijaram-se como enamorados que nao se veem a longos dias e ainda sorrindo disse, ....amor meu, fazes o que tens que fazer e vem depressa apoderar-te do que é teu por direito......
Direito, esses concedido pelo amor...
E enquanto ele foi tomar seu banho renovador, ela apressada fechou a porta da casinha feliz.

*****************************************

Espero que hoje, eu possa, enfim, colocar as fotos da minha hipopotice,
Beijos de lua a todos e obrigada pelas visitas,
Fiquem com Deus e tenham um fim de semana iluminado, perfumado e mágico.
Beijosssssssssss!!!!!

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

ai, eu queria tanto viver isso um dia...
enfim...
sabia que vc me lembra demais minha irmã?

7:04 PM  
Anonymous Anônimo disse...

amém e aleluia... boa sorte e graça onde quer que esteja mulher bonita. beijo.

9:09 PM  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial