quinta-feira, junho 08, 2006

Ele abriu a porta, ela estava deitada.
Ele rosto de felicidade, ela cara de assombro.
Ele olhar de sonhos, de um azul tao terno, ela de mata fechada, desbravada.
Ele tenta comunicacao, ela fechada em um sorriso aberto.
Ele traz chocolates, ela reflete espinhas nunca tidas.
Ele enfim a beija, e ela, tenta, esquecer do medo que sente.
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Por que me olhas assim, meu menino dourado?
Por que achas que eu tenho as respostas aos teu longos quereres?
Logo eu???
Que sou terra impura!!!!
A que fez do nada um porto seguro, e dos muros, lugar de escora....
Por que foi a mim que escolhestes? logo eu?
De donzela nem o sorriso tive.
Na desventura encontrei a mao que me acolheu.
Oh céus de azuis tao profundos,
Por que queres me fazer novamente acreditar em amor?
Logo a mim, que nem acredito em alegria, entao sorrio.
Por que logo eu, a quem nada mais interresa, viestes catucar com teu olhar faminto, e eu que aprendi apenas a guardar os pratos...
Que foi que vistes no gelo das minhas lembrancas?
Encontrates algo no profundo de minhas entranhas?
Sou mata ,mata fechada, que nao tem luz, mata medrosa de feras horrendas...
Que posso eu oferecer a ti, nobre menino dourado?
Nada de meu possuo, e o que tinha me foi tirado.
E ainda sangra.....
Pare, nao venhas querer estancar meu sangue, nao me digas que é possível sobreviver a essa dor...
Nao, eu nao acredito...
E tuas maos sao tao serenas, o teu toque é tao suave.
Nao me deixes fechar os olhos menino dourado, eu que tenho medo de sonhar.
Meu sangue te mela as maos, que fazes ainda aqui?
É, estou vendo sim, ja nem é mais tao vermelho.
Mas o que me pedes esta assim tao longe.
Nao, nao me digas isso, eu nao posso ouvir...
Nao me fales em amor menino insensato.
Minha terra impura já quer voltar a florir.
E o meu sangue esta quase estancado.
O teu beijo tem calado minhas lamúrias,
e teu sorriso tem me adocado os caminhos
E vejo que agora ja me perdi.
E vejo que agora é muito tarde pra voltar...
E muito cedo pra ter medo de ir.
Tua mao é tao segura menino dourado.
Podes me colocar no chao, eu já nao vou mais cair.
E aceito o teu querer insano e constante.
E aceito ser a lua pras noites.
E aceito o teu amor.
E te oferto o que ainda resta em mim que me faz humana.

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