sábado, novembro 05, 2005

Para Juliana.....


Esssa história não será a sua história jamais...
Mas lembrei de você quando a mesma me veio a mente....
São os nossos momentos de altos e baixos...
Você é uma amiga muito querida, cuide-se florzinha!!!
Ruds olhava o jardim....
O dia estava frio, mas o jardim sempre era um balsamo aos seus olhos....
Tentava não pensar em nada..... Já fazia muito tempo desde que jorge havia partido, e para ela o tempo estava parado, não poder se olhar no espelho era o que lhe ia de mais triste na alma, tinha ido longe demais em seus devaneios, seu engano era achar que a ausencia de amor próprio poderia vir a aproxima-la de Jorge. Mas agora ele era apenas uma lembrança, a qual o tempo não conseguia tornar insípida.
Desta vez o corte foi bem mais profundo, e já não era mais a fuga, já não era mais a auto-mutilação. Agora era só o vazio, era somente a desistência de si mesma, o auto abandono da alegria. Era a porta aberta para o inferno, e o inferno é a culpa. E Jorge? sera que ele teria algum remorço se acaso soubesse que ela andava, agora, de maõs dados com o demônio, que um dia ela tentou enfrenta-lo e perdeu, e que agora o seu castigo era estar para sempre amarrada a ele. Não . Ele não sabia, isso era uma certeza, pois era fato, estar perdida em seus desencontros não a tornava uma mulher burra, ao contrário, despertara nela uma vontade imensa de pensar, que paradoxo! Jorge não se importava, ele nunca se comoveria, nunca nem ao menos, uma única vez, disse que a amava.
E agora , olhando o jardim tão bem cuidado estava se dando conta do quanto cuidara mal de si mesma. Falhara com sua responsabilidade com ela própria, e as rosas tão belas pareciam que lhe jogavam isso na face sem constrangimento algum. Suas marcas durariam para sempre, estariam sempre ali, marcando presença, lembrando a ela numa contradição insistente, pois elas foram feitas para esquecer, mas sempre que as olhava lembrava, e ador que outrora calava-se estava agora a arrancar-lhe as forças. a navalha marca não só a carne, ela dilacera abaixo dela, entre ela e por sobre ela....
E Ruds adorava sentir.... Mesmo que sentir para esquecer, Por que Jorge fora embora e desde que a porta do sofisticado apartamento se fechara, ela já não sentia. e não sentir incomoda.
Ela precisava chorar, gostaria de gritar, quem sabe até segura na mão de algum desconhecido, não podia, por que com ela só estavam sombras mudas e fastasmas barrulhentos, e ela não tinha como fugir deles ou dela mesma, e o sorriso perfeito de jorge sempre lhe vinha a mente. lembrara que com o primeiro debocahar de jorge veio seu primeiro corte, pequeno, insípido, quase sem dor... a magia primeira, o sangue, a dor, o mundo parando, a ausência de qualquer coisa que seja, apenas ela e a navalha, uma matando a sede de existir da outra, para quem pudesse enxergar o pequeno corte, este fora adquirido num tropeço qualquer, para o espelho, inimigo infernal do agora, ela havia encontrado o remédio, a cura, o caminho para o esquecimento, a dor, e ela queria mais....
Jorge nunca perguntara nada sobre as frequentes e insistentes marcas nas pernas, se algum dia ele notara, ela nunca soube, e desde aquele tempo ela já havia desistido das saias, ruds, a moça do quarto andar com vista magnifica, agora tinha uma maneira de vestir difernte da moça que sabia sorrir numa época não muito longe, um passado próximo. Adotara calças negras e largas. ninguém poderia nem sequer imaginar sobre os seus cortes, essa magia era só dela, assim como ninguém deveria saber que jorge se apaixonara pela irmã dela. Pois é, o rapaz insensível de ontem, agora compra flores frequentemente, e flores que nunca foram parar nas mãos dela.
Ruds havia descoberto como parar de pensar nisto, sua amiga navalha sempre lhe era de uma utilidade inimaginável...
Desde que a porta se fechara , acabara-se a paz da moça, por que ela sabia, jorge não voltaria jamais... e sua dor se tornava maior a cada minuto pensado inultimente nesse fato consumado. O fato de hoje ser o dia do casamento deles, da sua irmazinha e de jorge, de tão dolorido que era, roubara-lhe até as lagrimas antes abundantes... Então veio o corte, o profundo. o lento, e com o sangue jorrando seus pensamentos tristes jorravam também, lembrará que nunca de fato havia sido feliz, era muito querer ser feliz, era muito? Perdera demais, perdera suas vontades, e acima delas perdera os seus sonhos, de nada mais adiantava viver, então pensou, será que sua irmã já havia jogado o buquet? e veio outro corte, quem o pegou? mais um... e o beijo apaixonado, , já teriam trocados as juras sagradas, mais outro corte, e o sangue esvaindo, abandonando a alma cansada e triste. lembrou nesta hora de como havia conhecido jorge, o encontrão na porta do cinema, ela derrubara o pacote de picpoca dele e ele gentilmente a convidara para pagar outro, coisa que ela de imediato aceitou. e agora, bem agora ele trocava as alinças com a sua irmã, ele era incapaz de lembrar da pipoca, da sua cor preferida para os lençois de cama, de verdade jorge nunca soube nada sobre ela, logo sobre ela, que havia se tornado uma phd em jorge.
Já se passará muito tempo e ela não podia mais ficar empé, e ele agora era menbro oficial da família, cansada , sentou no chão, nem para fazer outro corte ela tinha forças, não consiguia também coordenar os pensamentos, sem forças deitou e sentiu o frio imparcial da cerâmica , estava confuza, mas esperava dormir o sono sem sonhos, por que estes os foram roubados, mas mesmo assim , em seu ultimo momento desejou pegar o buquet da irmã.

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

OI moça..
Sem palavras para lhe descrever o que eu senti ao ler esse texto..
Aquela parte: '...Adotara calças negras e largas. ninguém poderia nem sequer imaginar sobre os seus cortes...' é exatamente o que eu faço...
Muita obrigada pela singela homenagem... Gostei muito... muito mesmo..

E gostei mais ainda pelo fato de você entender meus motivos, minhas tristezas...enfim, por me ouvir...
Um grande beijo..
De sua amiga..
JULIANA

12:59 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Ola Bom primeiramente historia interessante
mas tem seus defeitos ela estava tao sega pelo amor dele que perdeu seu proprio amor desistindo de viver por um sentimento que nao a pertenceu talvez o fato de ela nao ter palavras para dizer oque sente
ja passei por algo parecido
Nao nego eu perdi mas tambem nao me perdi pois lutei a agora vivo com mais garra e mudei meu ponto de vista sobre o amor ate q a pessoa me prove um sentimento real para assim mostrar a ela o valor do amor

se ama diaga antes que seja tarde
se sofre é porque vc teme
se teme vc sabe as conseguencias entao
digo te essas palavras
nao deixei sua chama se apagar vc sofre por alguem que nao te ama
enguanto em segredo todas as noite alguem chora delira por seu amor
e se vc partir vai levar nao so a sua vida mas a de quem te ama

Lord Clisthert- Conehcendo o valor do sentimento Amor

By Mauricio.............

1:28 PM  

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